Retomar obras de infraestrutura e R$ 10 bi para moradia popular estão entre as medidas iniciais
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, disse às lideranças da construção civil que a construção de moradia para famílias de baixa renda terá R$ 10 bilhões na Lei Orçamentária Anual (LOA).
Alckmin falou sobre os planos do novo governo para o setor, no 95º Encontro Nacional da Indústria da Construção – ENIC | Política & Estratégia, realizado no dia 7 de dezembro, em Brasília, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). E ouviu dessas mesmas lideranças as demandas consideradas prioritárias para a atividade.
O vice-presidente eleito defendeu a necessidade de continuar as obras que estão contratadas e colocar em canteiro aquelas que já tão compromissadas. “Isso é urgente porque é emprego na veia. Construção civil é emprego direto, é rápido, e é isso que nós estamos precisando, emprego e renda. E a cadeia produtiva é longa, então você gera emprego no comércio, na logística, nos serviços, no transporte, em todas as áreas, na indústria”, completou.

Alckmin descartou a volta do chamado imposto sindical, extinto com a reforma trabalhista. Ele reafirmou que não voltará também o “legislado sobre o acordado”.
Junto com Alckmin, Miriam Belchior, do grupo de transição de Cidades, garantiu que o tema infraestrutura lidera a agenda de prioridades do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. “O plano de investimento em infraestrutura que o Lula tem falado é um dos pilares da nossa estratégia nacional de desenvolvimento para que o país volte a crescer e a criar empregos de qualidade”, afirmou.
Por outro lado, a CBIC entregou ao governo eleito um documento com 14 pautas prioritárias para a construção civil. O material reúne pontos importantes para o grupo denominado Construção é +, formado por 12 entidades da cadeia produtiva: ABCIC, ABIVIDRO, ABRAFATI, ABRAINC, ABRAMAT, ABRAVIDRO, AFEAL, ANAMACO, ANFACER, ANICER, CBIC e DRYWALL.

São pautas prioritárias de longo prazo e iniciativas relacionadas à habitação de mercado e de interesse social, combate à informalidade e seus efeitos, sustentabilidade, revitalização dos centros urbanos, retomada de obras paralisadas e ajustes nos programas de forma a garantir os fluxos futuros de recursos, sustentabilidade do FGTS, produtividade e saneamento básico. A meta, segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, é dobrar a participação do PIB da construção no PIB Nacional.
“Tenho certeza de que o governo que está assumindo vai colocar a construção civil como ponto fundamental das suas políticas públicas. Eles sabem que somos nós que podemos gerar emprego, aquecer a economia e transformar a vida das pessoas”, frisou o presidente da CBIC, José Carlos Martins.