Perspectivas da siderurgia estarão em discussão durante o Congresso Aço Brasil
Após dois anos, o Instituto Aço Brasil volta a reunir as principais lideranças da economia e do mercado siderúrgico para debater as perspectivas e desafios do setor no Congresso Aço Brasil, que será realizado nos dias 23 e 24 deste mês, em São Paulo. O congresso abordará diversos temas importantes da atual conjuntura, como a nova ordem econômica mundial, a influência das mudanças climáticas na indústria do aço, a agenda ESG e o impacto das eleições 2022 no Brasil no setor, independentemente de quem seja eleito.

Um dos debates reunirá presidente das principais empresas do país. Eles vão discutir as perspectivas futuras do setor no Brasil – “A visão dos CEOs”. As apresentações serão de Gustavo Werneck, da Gerdau, Sergio Leite, presidente do conselho de administração da Usiminas (que foi o executivo-chefe da empresa até maio), Jefferson De Paula, da ArcelorMittal Brasil e CEO de Longos e Mineração LATAM do grupo, e Marcelo Botelho, da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).
O painel será moderado por Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, que promove o evento.
2021: o melhor ano da siderurgia
Na última coletiva de imprensa do instituto, no mês passado, Mello Lopes destacou que 2021 foi o melhor vivido pela siderurgia brasileira – em produção, vendas, consumo e resultados financeiros – desde 2013, quando bateu recordes de vendas e consumo de produtos siderúrgicos. O mercado interno consumiu mais de 28 milhões de toneladas naquele ano.
A partir de meados de 2020, com o forte impacto da pandemia de covid-19 nas cadeias de produção de insumos, matéria-primas industriais e commodities em geral, os preços subiram a patamares inesperados, mundialmente. Não foi diferente para o aço. As siderúrgicas no país justificam que puderam recuperar perdas acumuladas de vários anos de crise na economia brasileira de 2015 em diante.
Desde o quarto trimestre de 2021 houve acomodação da demanda interna e as perspectivas para 2022 são de leve crescimento. Em junho e no primeiro semestre, na comparação anual com igual período do ano passado, o setor registrou quedas de vendas e consumo e aumento das exportações.
A última previsão do Aço Brasil é de fechar o ano com alta de 2,5% nas vendas internas; 1,5% no consumo aparente; 1,5% nas exportações; 2,2% na produção de aço bruto e retração de 12% nos volumes importados, em que uma das barreiras de maior entrada é a volatilidade do câmbio.
O país ainda tem um dos consumos per capita de aço mais baixos do mundo – 122 kg por habitante ao ano. Patina nesse nível há décadas. A capacidade instalada é de 51 milhões de toneladas por ano, mas opera com cerca de 30% de ociosidade. “O que falta é demanda doméstica; não oferta”, costuma diz Mello Lopes.
Os desafios do novo cenário mundial
Há um novo cenário global e interno: inflação, ameaça de recessão, principalmente nos EUA, continuidade da guerra da Rússia contra a Ucrânia (que afeta a União Europeia), as tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos, a China em combate à covid-19 e buscando ajustar sua economia, e as eleições presidenciais de outubro no Brasil.
Um dos debates será justamente “A nova ordem econômica mundial – impactos nas cadeias globais”; e ainda, a “A nova ordem econômica mundial – inserção do Brasil”; “As mudanças climáticas e a indústria do aço”; “Papel estratégico da indústria do aço no desenvolvimento econômico”; “Cenário político – eleições 2022; ESG – Impacto no valor de mercado das empresas mais a Visão dos CEOs”.
Estão previstas palestras de convidados locais – Paulo Guedes, Ministro da Economia, os presidentes do BNDES e da Caixa, Ministro do Meio Ambiente -, e internacionais, da World Steel Association, Franklin Templeton, McKinsey, CRU. Há ainda economistas, o presidente da Anfavea (indústria automotiva é grande consumidora de aço), cientista político e outros especialistas.
A última previsão do Aço Brasil é de fechar o ano com alta de 2,5% nas vendas internas; 1,5% no consumo aparente; 1,5% nas exportações; 2,2% na produção de aço bruto e retração de 12% nos volumes importados, em que uma das barreiras de maior entrada é a volatilidade do câmbio.
O país ainda tem um dos consumos per capita de aço mais baixos do mundo – 122 kg por habitante ao ano. Patina nesse nível há décadas. A capacidade instalada é de 51 milhões de toneladas por ano, mas opera com cerca de 30% de ociosidade. “O que falta é demanda doméstica; não oferta”, costuma diz Mello Lopes.
Na abertura, será empossado o novo presidente do conselho diretor do Aço Brasil – Jefferson De Paula. Ele substituirá Marcos Faracco, vice-presidente do grupo Gerdau.
Você pode acompanhar todas os debates de forma online. Acesse www.açobrasil.org para mais informações sobre inscrição.
E aqui, no blog Mundo do Aço, vamos trazer para você as principais informações durante e depois do congresso.